terça-feira, 26 de agosto de 2008

POR FAVOR


“Calma que eu já vou!”
“Assim que eu terminar isso aqui, eu faço”

Atender, assistir, ajudar, favorecer...favor.
Obviamente você nunca procurou no dicionário o significado da palavra favor, afinal, você está certo que sabe aplicar muito bem o melhor sentido dessa palavra. E é óbvio que você está comicamente enganado... Então, mesmo contra as negativas de sua prepotência, aqui vai: Favor, do latim favore - s. m., graça; mercê; benefício; obséquio; fineza; indulgência; proteção; serviço prestado sem intuito de remuneração;

Para sentimentos da mente, como o ego, ser requisitado para um “favor” pode tomar dois caminhos: “Que saco, não me deixam em paz” ou “Eu tinha certeza que ela ia acabar me pedindo isso”... Para ambos os pensamentos, o melhor é dizer “não, não posso te ajudar, estou precisando evoluir antes”.
Pedir um favor é pedir ajuda. Quem pede por ele sabe perfeitamente da necessidade de receber essa ajuda, em qual qualidade e por fim, em quê velocidade. Quem está pedindo por essa ajuda, instantaneamente está definindo esse fatores.
Atualmente, precisar de um favor é uma situação sufocada por ego, orgulho e egoísmo, onde a pessoa que pede por ele, deve se sujeitar à qualidade e a velocidade de quem aceitou ajudá-la.
O pensamento é o seguinte: “Eu vou te ajudar, mas na minha velocidade (não venha me apressar), com a minha qualidade (você ta me pedindo, que aceite) e quando eu puder (não venha me cobrar)”. Por mais que nasçam e morram pessoas capazes de lhe dizer, por livros, discursos, filmes ou músicas que “o mais importante são as coisas mais simples”, muita gente ainda concorda mas não entende.
Se alguém estiver se afogando e lhe pedir “por favor, me tire daqui”, provavelmente, atônito, você o ajudará, na velocidade que a pessoa precisa, com a qualidade que ela precisa e no tempo que ela precisa. Por que não é assim em questões menos exageradas? E quem disse que alguém precisa estar se afogando para realmente precisar de um “FAVOR”? Muitas vezes podem precisar de você por estarem “se afogando” em trabalho, dúvidas, medos, esforços, idéias, sede, fome, frio, carência, atenção e até incompetência, por que não?
Então antes de inflar seu ego, com a prepotência de “ser necessário”, ou se ofender com o fato de “ser requisitado”, avalie se o pedido de AJUDA é importante PARA QUEM PEDE. Procure ver o lado da pessoa em questão. Pergunte e permita que ela lhe indique a qualidade, a velocidade e o tempo em que ela precisa ser ajudada, só então, avalie sua capacidade e humildade para atendê-la. No caso negativo, apenas diga “não posso”, ao invés de dizer “quando eu terminar aqui eu faço” (ou qualquer outra bosta parecida), permitindo que a pessoa aceite ou peça e receba ajuda de alguém que efetivamente vai ajudá-LA e não SE ajudar em troca de congratulações ou migalhas para alimentar prepotência e arrogância.Pensem nisso, hoje, com o máximo de atenção possível e comecem agora, por favor.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Alguém já pensou em relacionamento?

É o que o ser humano mais deseja mesmo aquele que diz que fica bem sozinho. Se relacionar com outro ser humano, ter o tão sonhado grande amor, aquele que te completa, aquele que te enche de felicidade e nada te abala.
O amor romântico idealizado dentro da sua cabeça.
Tudo só é perfeito quando estamos imaginando, sonhando. Na vida real, deixa de ser perfeito, já que o ser humano ainda não atingiu a perfeição.
Mas quando encontramos uma pessoa que preenche parte dos requisitos, e nos apaixonamos, passamos a fazer concessões, ou imposições.
A vontade de manter um relacionamento é tamanha, e a briga de ego e postura é tão grande, que na maioria dos casos, é um ganha-perde.
Como a pessoa pela qual nos apaixonamos corresponde a uma parte do ideal, com o tempo, passamos a “moldar” o que falta, seja por imposições, seja com “jeitinho”. Se a outra pessoa, que está disposta a manter a relação ceder, começa a se anular, e a se moldar aos desejos do parceiro. Isso não é amor, é desejo de ser aceito e ter alguém, é carência, é medo de ficar sozinho. Amor é aceitar.
Durante o relacionamento, vamos fazendo balanços, analisando o que está bom, e o que é ruim. E vamos aceitando a situação, já que o bom de estar com alguém, por menor que seja, é melhor que estar sozinho.
Nessa analise, entra apenas um lado. O seu!
O pensamento sempre nos leva a um “estou cansado de ter que dar satisfação para tudo, mas é tão gostoso ficar em casa vendo filme abraçadinho”.... Ou então: “ele implica com tudo, trabalho, amigos, roupas, mas o final de semana foi romântico”.
Onde está a analise do que acontece com a outra pessoa? Se algumas coisas não estão boas para você, o que garante que estejam 100% boas para a outra pessoa desse relacionamento?
Nada garante. E para isso serve o diálogo. Conversar sempre sobre isso, ajuda a ver o outro lado. Se você não fala, o outro não adivinha, porque não se dá ao trabalho de pensar. O inverso também vale.
E por isso hoje todos reclamam como é difícil manter um relacionamento. Porque não existe mais o “nós”, mas sim o que é bom para mim. Como eu imaginei, como eu idealizei. Não existe um “nós” enquanto houver egoísmo na forma de pensar, quando se pensar apenas no que devo fazer para ser o que eu quero. E se a pessoa que esta comigo corresponde a metade disso, o lógico é que eu faça com que ela se torne 100% do que eu quero, certo? Errado!!! Você se apaixonou pela pessoa pelo o que ela é. Se você ama, é exatamente desse jeito, com lado bom e ruim. Sem mudanças, sem anulações e imposições.
Relacionamento é uma troca, e que seja sempre boa. Não existe a pessoa perfeita, assim como você não é perfeito para alguém. Existem pessoas compatíveis, diálogos e vontade de construir algo junto, em conjunto. Construir o “nós”.


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Comportamento ou crise?


Paradigma (do grego Parádeigma) literalmente um modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. (definição encontrada na Internet).

Podemos dizer que paradigma é o que o ser humano esta usando para justificar a maneira de funcionar do mundo, para novas possibilidades de entendimento do real, mudando-se ou ampliando-se o entendimento convencional do real. Ela é um conjunto de formas básicas do modo dê se perceber, pensar, acreditar, avaliar, comentar e agir de acordo com uma visão particular da sociedade.
Vivemos hoje em uma era que presa o ser racional, colocando assim em evidência a competitividade e o triunfo sobre o outro, não se deixando pensar em momento algum no desenvolvimento humano tanto do lado espiritual quanto em seu desenvolvimento. Perdeu-se o valore mais humanos como cooperação, comunidade, união, partilha, companheirismo... esta mentalidade “dominante” nos leva a um comportamento compatível com a mesma, por isso podemos ver que nesta época atual estamos vivendo um total individualismo levado ao mais alto grau de egoísmo, já explicado aqui neste blog.

É muito difícil explicarmos o ser humano e seu comportamento, pois o mesmo detêm o poder, lidera sua mente, se transformou em uma mercadoria como objeto de venda e de se obter lucros. E isto é colocado constantemente na mente humana por meio de comunicação com uma sutil lavagem cerebral, sem grandes questionamentos. Agora, vcs pensam... Mas eu não sou um produto!!! Sim vc é.

Todo este processo de “desenvolvimento humano” segue em harmonia com um entendimento ou concepção de mundo, justamente por ser formada por homens. Há uma inversão recorrente dos valores, da ética, da moral e do caráter. Os homens deixam de ser o que sempre foram e passam a estar de forma que lhes convém.

Nossos valores são definidos como normas e princípios a serem seguidos como padrão de sociedade. Somos condicionados desde de pequenos a aceitá-los e nunca questioná-los e assim somos impossibilitados de exercer nossa criatividade, nossa imaginação e nosso livre arbítrio. Se estes padrões precisam ser revistos, nós seres humanos cômodos, optamos por não alterá-los e também não desrespeitá-los.

Todos nós tomamos como limite o nosso campo visual e os transformamos como limite do mundo. Ai é que entra o erro. Esta luta trata-se de litigar o paradigma, trata-se de criar e difundir novos, de não enfraquecer, não se entregar mesmo sentindo que a mente tende a nos trair.

Temos que pensar que não existe nada permanente, exceto a MUDANÇA. Sei também que as pessoas não resistem às mudanças, mas resistem a ser mudadas. É um mecanismo natural de defesa, insistimos em cultivar mudanças, quando o que precisamos é cultivar mudanças dentro de nós.

Pensem assim: Somos o que fazemos e o que fazemos para mudar o que somos.Vamos tentar estabelecer um comportamento humano seguido de esperança, emoções, companheirismo, compaixão, união... E assim não seremos mais meros paradigmas de um Mundo que tanto nos reserva.