quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Escudo ou espada Invisível???!!!



A meu ver não existe um tema mais importante que esse, no quesito comportamento humano, relação social e melhoria da vida coletiva!!!!
Sabe qual é o Tema???? A Agressividade...

Para uns a defesa, para outros o descontrole, para outros falta de terapia...Seja lá qual for a desculpa, a agressividade é na verdade uma tendência completamente destrutiva. Lembre-se que a agressividade é vista hoje em dia como um ato violento, mas não é, ela se expressa como forma de ataque verbal e este atinge mais que a violência em si.
A Agressividade é um fenômeno comum no nosso cotidiano, a pessoa agressiva é aquela que reage a todo acontecimento como se fosse uma prova, contenda ou disputa na sua concepção mental.
O que reina em uma pessoa agressiva é a competição, isso vindo desde pequeno, onde a pessoa se esforça ao máximo para não ter que vivenciar a exclusão. A critica sempre é devastadora para pessoas agressivas. Muitas vezes também o agressivo é considerado, erroneamente, como o autentico de um grupo, mas na verdade o que o agressivo tem é uma precipitação de reações aos sentimentos.

Em uma sociedade totalmente competitiva como a nossa, toda e qualquer resposta caminha para à agressão, por conta da leitura de que alguém está invadindo seu espaço. A conseqüência, do suposto “ataque” é, não apenas enfrentar suas conseqüências ou efeitos, mas também saber lidar com a culpa resultante do processo.

Como e quais seriam os aspectos positivos da agressividade?
1 – Serve para uma reflexão profunda, te levando assim a pensar em que tipo de reação será necessária.
2 – Expor os reais aborrecimentos ou sentimentos alimentados, perante a pessoa ou grupo.

Com isso o problema agora será a dosagem de agressividade a ser usada. Nisso entramos na tal autenticidade, ela não implica necessariamente em rigidez, voz elevada ou extrema ansiedade.
Numa situação desta a pessoa sempre perde o controle. Mas o que o leva a chegar ao total descontrole e ao ataque agressivo? O conhecido “complexo de inferioridade”, fazendo assim com que a pessoa defina sentimentos e pensamentos depreciativos para si mesma, tem a certeza de que não é uma pessoa com poder de carisma em um grupo...
Quem sofre do complexo de inferioridade convive desde sua infância com uma certeza mórbida de que sempre é a última a ser lembrada ou requisitada para algo especial. A conseqüência disso leva a pessoa ao desenvolvimento de uma personalidade tímida e retraída, e numa situação social não sente nenhuma potência humana vinda de si, gerando ai a raiva, ódio... Irmãs da Agressividade.
Para esta pessoa, é como se na presença de outras pessoas se sentisse completamente anulada, e ai o ódio e raiva citados acima, conseqüentemente vão sendo expelidos em forma de agressividade.
A agressividade remonta a dificuldade de se lidar com o sentido mais profundo da vida, fazendo assim com que a posse e o apego, por exemplo, sejam forças direcionadas para um prazer metafísico de acúmulo ou continuidade do ego, o que contraria a essência de nossa vida.

A agressividade se alia constantemente com a inveja. A inveja cria uma constante necessidade de fuga da situação dolorosa de se comparar e se sentir inferiorizado, fazendo assim com que a pessoa parta para o ataque. A agressividade é conseqüência de uma política interna criada pelo ser humano, dirigida a esconder todos os sentimentos ou emoções negativas do tipo: cobiça, ódio, avareza e a inveja citada. A agressão então se transforma na resposta fisiológica do silêncio imposto pela sociedade. Torna-se ainda um tipo de distração e fuga do tédio e rotina que assolam a pessoa. Jamais haverá cura para a agressão individual se não lidarmos com todos os mecanismos que geram a hipocrisia nas relações. E principalmente se o ser humano, não buscar urgentemente uma forma “sua” de se conhecer e se aceitar, pelo o que é e pelo que foi criado. Ainda falaremos mais sobre esse estranho comportamento Humano!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Destrinchando Conselhos

Estou sentindo uma grande necessidade de escrever algo aqui no Blog (Bostar no Plog – como eu diria), mas tenho dúvidas sobre o que eu falo. Sinto que poderia escrever sobre esse assunto ou aquele, mas também sei que tal assunto é muito mais popular... fiquei confuso, preciso de CONSELHOS!!!
O que é um conselho se não uma representação verbal do que alguém faria se esta estivesse posicionada no lugar ilusório criado por outra pessoa? Afff... diga de novo que não entendi nada.
O Conselho é um organismo estranho que acompanha o ser humano há tempos. Ele pode ser dividido em 4 etapas, que são elas:
1- Confusão ou Dúvida: como todos nós, seres humanos, temos o péssimo hábito de NÃO escutar a voz da alma, e temos verdadeira paixão por pensar demais (muito além do necessário), somos constantemente assolados pela dúvida. Do vestido ao divórcio, sempre somos tomados pela dúvida;
2- Desabafo e Consulta: ao acreditarmos sermos incapazes de decidir, buscamos desabafar com outrem afim de, ao verbalizar, tentar achar uma solução. Assim a pessoa escuta o que tem pra dizer e nos leva a próxima etapa;
3- Analise e Opinião: escutando seu relato, a pessoa em questão analisa os fatores expostos por você, enxerga a situação por um outro panorama e dá a própria opinião sobre o assunto;
4- Julgamento e Aplicação: você recebe a opinião da pessoa, julga se realmente condiz com sua situação (pular da ponte nunca é alternativa correta) e decide se aplica a opinião dada em sua situação ou não. Fim
“se conselho fosse bom, seria vendido” – Porque a ignorada sabedoria popular afirma isso?
O Conselho é uma idéia muito boa. Quanto mais conselhos, mais formas distintas de se ver a vida... Por que conselhos não são bons???
Resposta: Porque das etapas acima, o ser humano só segue a primeira!
1- Confusão ou Dúvida: se fossemos mais humildes para reconhecer que não escutamos a voz de nossa alma, só dizemos para os outros que sim... Se realmente a ouvíssemos, não teríamos dúvidas... não por muito tempo;
2- Desabafo e Consulta: se fossemos mais humildes para reconhecer que não somos honestos conosco o tanto que não somos honestos com os outros, saberíamos transmitir a alguém nossos verdadeiros erros, medos, sentimentos e defeitos. Conheceríamos nossa verdade. Não seríamos mentirosos e parciais ao desabafar uma situação – que como todas – tem muito mais lados que somente o nosso;
3- Análise e Opinião: se fossemos mais humildes para reconhecer que não sabemos enxergar os múltiplos lados da vida, poderíamos lhe dizer com propósito que não somos capazes de opinar em sua vida, pois também erramos às vezes. Teríamos toda cautela em explicar a partir de nossas experiências e erros de vida, com o cuidado de demonstrar apenas que existe solução, mas que a busca por ela é pessoal;
4- Julgamento e Aplicação: se fossemos mais humildes para reconhecer que não basta o que nos digam, estamos recolhendo conselhos até que algum deles coincida com a nossa própria e distorcida opinião, e que não temos coragem nem humildade de assumirmos o que sentimos ser certo, se aquilo, por um segundo, ferir nossos interesses mais mundanos e que vamos acabar achando uma justificativa para fazermos o que já queríamos mesmo, lá no fundo... no fundo do intestino, não do coração... aprenderíamos muito mais com o que ouvimos dos outros e enxergaríamos muito mais nossa posição dentro da própria existência... pediríamos menos desculpas e perdoaríamos muito mais, dormiríamos melhor e viveríamos mais satisfeitos com nossa verdadeira verdade.
“Ontem gastei minha opinião comprando conselhos, mas na verdade eu ainda não sei se teria coragem ou não. Fico buscando alguém que concorde com o que eu quero, porque nem mesmo eu estou sendo capaz de me convencer (...)”

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Rejeição

Ser humano tem medo de rejeição.
Não suporta a idéia de não ser aceito por outra pessoa, ou por um grupo de pessoas.
Não consegue lidar com o golpe na estima e no ego de que existem pessoas que simplesmente não tem afinidade, que não existe uma ligação.
Nós acabamos passando por cima de vontades e valores, mudamos atitudes e pensamentos apenas para sermos aceitos em um grupo de pessoas nas quais acreditamos que podem fazer alguma diferença na nossa vida.
Idealizamos uma vida melhor se fizermos parte de um grupo, que acreditamos serem exemplos de sucesso, vida bem sucedida, seres invejados e desejados.
Nós mudamos, nos anulamos, bajulamos essas pessoas para sermos aceitos.
Não conseguimos ficar sozinhos e também não queremos ficar com pessoas que os outros classificam como feios, desajeitados ou fracassados, independente do que cada individuo veja nessas pessoas. “Como vou ficar com esse bando de nerds??? Nunca, vou ser classificado como tal!” Esse é um pensamento comum, por mais que a pessoa que pense isso veja que o “nerd” é simpático, legal e atencioso com ela, citando apenas um exemplo.
Se por um lado existe o medo da rejeição, do ser classificado, do ser ignorado, por outro existe o preconceito, a arrogância e o medo.
Quando conseguimos nos encaixar, automaticamente esquecemos o que passávamos quando queríamos ser aceitos e passávamos a ter as atitudes do grupo, discriminado, ignorando e humilhando quem não fizesse parte.
Arrogância de realmente acreditar que o “ser aceito” é um carimbo de vida superior, de ser humano superior, de ser alguém neste mundo, e tratando com desdém toda e qualquer pessoa que não faça parte dessa bolha.
Medo de notarem que tudo aquilo é uma farsa, uma máscara vestida para sermos admirados, notados, desejados.
No fundo, queremos fazer parte de um todo, e passarmos despercebidos na multidão. Fazer parte do grupo é fazer parte de um rebanho, e como já dito pelo Felipe, o rebanho não tem voz, não tem vontade, tem um líder.
A rejeição trás consigo o medo, a baixa estima, a descrença, assim também como a prepotência, a arrogância e a intolerância.
A vontade de ser igual anula sua identidade, esmaga seus valores e destrói sua personalidade e auto estima.
O medo da rejeição só vai acabar quando o ser humano entender que as pessoas são diferentes, com vontades, pensamentos e valores diferentes, e nem por isso melhores ou piores e sim iguais na importância, mas não idênticos como seres.
Só acaba quando deixar de ser importante vestir a máscara das atitudes e personalidades que são aceitáveis para um todo e não para você, e o ser humano respeitar as diferenças que tornam cada um, único.