quarta-feira, 2 de julho de 2008

Avareza

Pode ser considerada hoje em dia como um “pecado” comum. No mundo em que vivemos é completamente natural vermos o quão mesquinho, desumano e preocupado com o próprio “umbigo”, com o ganhar mais a qualquer custo o ser humano está.

Sim, isto é a clara demonstração da AVAREZA, ela esta relacionada com enganos, falsidade, mentira... Tudo isso na tentativa de enganar para se lucrar.
O Avarento manipula e guarda informação para si, quando as mesmas chegam a sua mão. Não sabe lidar com diversidade, transparência e vive em um “clima defensivo”, gera conflitos no meio de um grupo para assim deter a atenção para si.

Pode-se explicar que este excessivo apego a alguma coisa é um enorme medo da falta que o avarento pode vir a ter, isso claro, vem de uma provável infância na “falta”.

A Avareza é nada mais que um “produto” de necessidade diária, encontrado no Shopping que é nossa mente. Ela tenta disfarçar um conflito interno com a busca por bens, tornando assim a pessoa insatisfeita fazendo-a acreditar que na próxima aquisição irá encontrar a tão sonhada satisfação. Mas, meus caros, esta insatisfação nunca será finda, a sensação de carência estará lá, quer queria ou não!!!

O dinheiro... ah o dinheiro!!! Neste caso, ele torna-se a arma absoluta de poder, quem o tem dita regras, reivindica autoridade, compra, manda, banca, inicia guerra...... Enfim, o avarento adquiriu assim sua arma...

Com ela, ele manipula pessoas, influência as mesmas até em suas profissões. Quem nunca viu algum filminho “americanóide” onde o papai dono de empresa obriga o filho a se tornar um grande empresário?? Sendo que o coitado quer mesmo é ser jogador de beisebol!!???

A Avareza torna o ser humano um gerador de buscas, buscas pelo que é externo, fazendo-o acreditar que o fora oferece mais que o seu interior, como se lá, no externo, exista o preenchimento necessário por algo que o torna vazio e insatisfeito. Ele perde o contato com o mundo, torna-se um robô, fecha-se em um mundo de fantasias e mascaras, e lembrem-se: Todas compradas por ele!!!!!

O mundo de ostentação e ilusão criado dentro de si nada mais é que uma defesa contra uma realidade muitas vezes amarga, poupará a pessoa momentaneamente, mas a tornará prisioneira de uma verdade que nem sempre corresponderá com a verdade.

Avareza gera mesquinhez, racionalizando excessivamente e empobrecendo a percepção emocional.

A Avareza é o mais tolo dos “pecados”, nasce da possibilidade de um poder, que nunca se realiza, pois o tudo que ele pode comprar caberá dentro de seus limites, pois nesse caso o poder se esvai junto com o dinheiro gasto.

Ela perverte a relação meio-fim. O dinheiro deixa de ser um meio para aquisição de bens e serviços (satisfação das necessidades), mas um fim, pelo qual há a necessidade de se sacrificar a satisfação das necessidades e dos desejos.

O avarento não sabe retribuir um agrado, fica constrangido quando recebe um presente fora de data, apenas por amizade. Retribuição e algo acima de sua capacidade!!!!!

O avarento contabiliza amizades, afetos e amores. Sabe exatamente quando e quem lhe disse uma palavra amarga, uma indireta inconveniente ou fez um gesto desagradável. Para ele é quase impossível conjugar, na vida, verbos como dar, perdoar, agradar.

Podemos dizer que este é um mal sem cura, não há um lado bom na avareza, como houve em todos os outros “PECADOS” que falamos, ela esta acima de qualquer bem, é um mal sem cura, pois em uma sociedade desigual e injusta, a posse exagerada de bens supérfluos é, no mínimo, uma ofensa a tantos que carecem de bens imprescindíveis à vida, como o alimento, afeto, atenção, carinho, colo...

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