Estou sentindo uma grande necessidade de escrever algo aqui no Blog (Bostar no Plog – como eu diria), mas tenho dúvidas sobre o que eu falo. Sinto que poderia escrever sobre esse assunto ou aquele, mas também sei que tal assunto é muito mais popular... fiquei confuso, preciso de CONSELHOS!!!
O que é um conselho se não uma representação verbal do que alguém faria se esta estivesse posicionada no lugar ilusório criado por outra pessoa? Afff... diga de novo que não entendi nada.
O Conselho é um organismo estranho que acompanha o ser humano há tempos. Ele pode ser dividido em 4 etapas, que são elas:
1- Confusão ou Dúvida: como todos nós, seres humanos, temos o péssimo hábito de NÃO escutar a voz da alma, e temos verdadeira paixão por pensar demais (muito além do necessário), somos constantemente assolados pela dúvida. Do vestido ao divórcio, sempre somos tomados pela dúvida;
2- Desabafo e Consulta: ao acreditarmos sermos incapazes de decidir, buscamos desabafar com outrem afim de, ao verbalizar, tentar achar uma solução. Assim a pessoa escuta o que tem pra dizer e nos leva a próxima etapa;
3- Analise e Opinião: escutando seu relato, a pessoa em questão analisa os fatores expostos por você, enxerga a situação por um outro panorama e dá a própria opinião sobre o assunto;
4- Julgamento e Aplicação: você recebe a opinião da pessoa, julga se realmente condiz com sua situação (pular da ponte nunca é alternativa correta) e decide se aplica a opinião dada em sua situação ou não. Fim
“se conselho fosse bom, seria vendido” – Porque a ignorada sabedoria popular afirma isso?
O Conselho é uma idéia muito boa. Quanto mais conselhos, mais formas distintas de se ver a vida... Por que conselhos não são bons???
Resposta: Porque das etapas acima, o ser humano só segue a primeira!
1- Confusão ou Dúvida: se fossemos mais humildes para reconhecer que não escutamos a voz de nossa alma, só dizemos para os outros que sim... Se realmente a ouvíssemos, não teríamos dúvidas... não por muito tempo;
2- Desabafo e Consulta: se fossemos mais humildes para reconhecer que não somos honestos conosco o tanto que não somos honestos com os outros, saberíamos transmitir a alguém nossos verdadeiros erros, medos, sentimentos e defeitos. Conheceríamos nossa verdade. Não seríamos mentirosos e parciais ao desabafar uma situação – que como todas – tem muito mais lados que somente o nosso;
3- Análise e Opinião: se fossemos mais humildes para reconhecer que não sabemos enxergar os múltiplos lados da vida, poderíamos lhe dizer com propósito que não somos capazes de opinar em sua vida, pois também erramos às vezes. Teríamos toda cautela em explicar a partir de nossas experiências e erros de vida, com o cuidado de demonstrar apenas que existe solução, mas que a busca por ela é pessoal;
4- Julgamento e Aplicação: se fossemos mais humildes para reconhecer que não basta o que nos digam, estamos recolhendo conselhos até que algum deles coincida com a nossa própria e distorcida opinião, e que não temos coragem nem humildade de assumirmos o que sentimos ser certo, se aquilo, por um segundo, ferir nossos interesses mais mundanos e que vamos acabar achando uma justificativa para fazermos o que já queríamos mesmo, lá no fundo... no fundo do intestino, não do coração... aprenderíamos muito mais com o que ouvimos dos outros e enxergaríamos muito mais nossa posição dentro da própria existência... pediríamos menos desculpas e perdoaríamos muito mais, dormiríamos melhor e viveríamos mais satisfeitos com nossa verdadeira verdade.
“Ontem gastei minha opinião comprando conselhos, mas na verdade eu ainda não sei se teria coragem ou não. Fico buscando alguém que concorde com o que eu quero, porque nem mesmo eu estou sendo capaz de me convencer (...)”
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