terça-feira, 7 de outubro de 2008

Máscara do moralismo

A sociedade vive com a máscara do falso moralismo.
Estamos sempre nos policiando para enquadrarmo-nos àquilo que as pessoas ao redor tem como correto, justo, moralmente aceitável. Seja com base em uma religião, regras e leis ou de ambos.
Algumas sociedades, grupos ou colônias têm enraizadas algumas regras de conduta, moral e bons costumes, que reprimem, oprimem, controlam aqueles que ali vivem, sem deixar espaço para a manifestação individual de seus limites, valores e liberdade.
Fazendo ligação com o tema da rejeição, as pessoas convivem nesse lugar acabam oprimindo seus desejos, vontades, discernimento do certo ou errado de acordo com sua moral e acatam o que lhes é imposto.
Vivem num constante estado de frustração, reprimidos, confusos e com conflitos internos entre seus limites e os da sociedade.



Quando esse pessoal reprimido sai do ambiente comum, vemos a verdadeira personalidade e o que todas essas regras fazem com a individualidade.
A máscara do moralismo cai, e a pessoa se entrega a tudo o que vinha reprimindo sem limites e sem controles. Por estar tanto tempo aprisionado, quando é libertado, perdem-se os limites de certo e errado, bem e mal.
O falso moralista julga, mas faz escondido. Sente inveja daqueles que tem liberdade e critica. Quer fazer, quer ter controle sobre suas decisões, mas tem medo.



E se perde. Não consegue construir seus limites, não consegue estabelecer seus critérios, não sabe distinguir se não lhe for dito.
Por isso explode, uma hora tudo isso se liberta, e a pessoa não tem discernimento para se libertar apenas da repressão e estabelecer seus limites morais. A pessoa acaba extrapolando todos os limites, os impostos e os próprios que estão perdidos nessa confusão interna.
Por isso é tão comum vermos pessoas que, por exemplo, ao saírem de férias se transformam e fazem coisas insanas, totalmente fora do seu dia a dia, da sua personalidade. Ou casos onde a pessoa se revolta contra tudo aquilo que a oprime e vemos esses ataques suicidas em escolas, supermercados, etc.



Viver nesse estado de uma falsa moral é enganar seu ser em todos os sentidos, é julgar por inveja. É viver com medo de viver, pois se engana que ao cumprir todas as regras, não erra e não sofre. Não será julgado e será aceito.
Em todo lugar existem regras, regras comuns a uma sociedade. Regras de conduta devem estar de acordo com aquilo que cada ser acredita, o que cada um acha ético, justo. Difícil de ser mensurado, individual demais para ser compartilhado.
Viver baixo esta máscara é não viver, não aprender, não se conhecer.
Saudável é aprender o que é certo e errado, quais seus limites disso, viver seguindo sua moral e aceitar os limites das pessoas que convivem com você.



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