É sabido que antes do Cristianismo, seu pai, o Judaísmo, apresentava seus ensinamentos, doutrinas e dogmas, somente através dos seus sacerdotes e rabinos. “Não se chega a Deus se não for através deles.” Nada mais que um protecionismo sindical, que naquele tempo (só naquele?) não era contestado.
Então, surge a “Boa Nova” do Cristianismo! Que de “novidade” tem a mensagem, porque a estruturação é exatamente igual e velha, como sua religião “pai”. A Bíblia contém textos escritos em grego, traduzidos pro latim, traduzidos pro alemão, traduzidos para outros idiomas. Ahh e a primeira tradução pro alemão aconteceu contra a vontade da igreja. Só quem sabia latim (ou seja, ninguém além do clero) podia lê-la.
Segue abaixo um trecho de um livro escrito pelo atual “Pedro” do Catolicismo e na capa está escrito assim:
“Exortação Apostólica Pós-Sinodal – SACRAMENTUM CARITATIS”
Do Sumo Pontífice Bento XVI
Ao episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos
“Sobre a Eucaristia, fonte e ápice da vida e da missão da igreja”
No Item 5 da Introdução (pág 8 da 3a edição) temos o capítulo: Finalidade do Documento.
E diz o seguinte: “Esta Exortação Apostólica pós-sinodal tem por objetivo recolher a multiforme riqueza de reflexões e propostas surgidas na recente Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos – a começar dos Lineamenta até as Propositiones, passando pelo Instrumentum laboris, as Relationes ante et post disceptationem, as intervenções dos padres sinodais, auditores e delegados fraternos –, com a intenção de explicitar algumas linhas fundamentais de empenho tendentes a despertar na Igreja novo impulso e fervor eucarístico. Consciente do vasto patrimônio doutrinal e disciplinar acumulado no decurso dos séculos à volta da Eucaristia, neste documento desejo, sobretudo, recomendar, acolhendo o voto dos padres sinodais, que o povo cristão aprofunde a relação entre o mistério eucarístico, a ação litúrgica e o novo culto espiritual que deriva da Eucaristia enquanto sacramento da caridade. Com essa perspectiva, pretendo colocar esta Exortação na linha da minha primeira carta Encíclica – Deus caritas est –, na qual várias vezes falei do sacramento da Eucaristia pondo em evidência a sua relação com o amor cristão, tanto para com Deus como para o próximo: “Deus encarnado atrai-nos todos a si. Assim se compreende por que motivo o termo ágape se tenha tornado também um nome da Eucaristia; nessa, a ágape de Deus vem corporalmente a nós, para continuar a sua ação em nós e através de nós. ””
Como esse livro foi escrito para fiéis leigos, algum católico leigo pode me ajudar a entender o que ele quis dizer acima?
Depois de tantos séculos, quem é capaz de entender a igreja católica?
As palavras do papa precisariam de tradução?
E ao fiel leigo, cabe a ele seguir porque entendeu ou seguir justamente porque o obrigam a entender muito pouco?
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