Salmo 23: “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”.
Desde as primeiras compilações de textos que levaram a primeira edição da Bíblia (em grego), a palavra “pastor” ganhou um novo significado: de guia espiritual, protetor. Pastor também é “guardador de gado, pegureiro, zagal”... Então todo pároco, bispo, ministro protestante ou evangélico também se tornou “pastor”. Todos eles dizem que “Jesus era o bom pastor”.
Todo mundo ta habituado a se sentir seguro sabendo que existe um ser que nos pastoreia, mas se existe um pastor (ou pastores), é porque existe um rebanho.
Você já parou pra refletir na sua condição de rebanho?
É lindo pensar nas milhares de ovelhas sendo conduzidas pela terra árida em busca do pasto verde e fresco, protegidas dos lobos... lindo né? Só que essa não é a sua única condição de “arrebanhado”, você tem outras funções.
O que a ovelha oferece ao pastor?
“Eles” cuidam de você, te protegem, te alimentam, te engordam e depois arrancam sua lã, comem sua carne, te impõem limites, te conduzem sob brados e cajados.
Essa relação: “pastor-rebanho” eu dispenso. Obrigado. Prefiro um Jesus meu amigo do que meu bom pastor. Acredito que ele também prefira assim.
Mais que isso... qual ser humano, filho do Pai, como eu, pode se dizer “pastor” de alguém? E na condição de pastor, o que ele tira do seu rebanho? Pensa nisso!
Que rebanho tem livre arbítrio? Que gado ou ovelha arrebanhado tem liberdade de escolha, tem liberdade de seguir seu próprio caminho? Onde existe a “vontade” do pastor, não existe a vontade do rebanho. Desista, pois na bíblia não existe menção nenhuma de livre arbítrio, salvo em Esdras (7:13) onde livre arbítrio está conotado como um desejo, uma vontade, não liberdade de escolha. Todo rebanho tem uma vontade. Nenhum rebanho pode fazer o que quer.
Eu acho lindo o Salmo 23, principalmente quando eu o leio assim:
“O Pai é meu amigo, nada me faltará. Deita-se comigo na grama, me ajuda a encontrar águas tranqüilas. Refrigera minha alma; me ajuda a ser justo, por amor a mim. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Ele está comigo; Sua mão e Teu abraço me consolam. Prepara uma mesa para mim, na presença dos meus irmãos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia do Pai me seguirão todos os dias da minha vida; e assim, estarei mais perto Dele.”
Desde as primeiras compilações de textos que levaram a primeira edição da Bíblia (em grego), a palavra “pastor” ganhou um novo significado: de guia espiritual, protetor. Pastor também é “guardador de gado, pegureiro, zagal”... Então todo pároco, bispo, ministro protestante ou evangélico também se tornou “pastor”. Todos eles dizem que “Jesus era o bom pastor”.
Todo mundo ta habituado a se sentir seguro sabendo que existe um ser que nos pastoreia, mas se existe um pastor (ou pastores), é porque existe um rebanho.
Você já parou pra refletir na sua condição de rebanho?
É lindo pensar nas milhares de ovelhas sendo conduzidas pela terra árida em busca do pasto verde e fresco, protegidas dos lobos... lindo né? Só que essa não é a sua única condição de “arrebanhado”, você tem outras funções.
O que a ovelha oferece ao pastor?
“Eles” cuidam de você, te protegem, te alimentam, te engordam e depois arrancam sua lã, comem sua carne, te impõem limites, te conduzem sob brados e cajados.
Essa relação: “pastor-rebanho” eu dispenso. Obrigado. Prefiro um Jesus meu amigo do que meu bom pastor. Acredito que ele também prefira assim.
Mais que isso... qual ser humano, filho do Pai, como eu, pode se dizer “pastor” de alguém? E na condição de pastor, o que ele tira do seu rebanho? Pensa nisso!
Que rebanho tem livre arbítrio? Que gado ou ovelha arrebanhado tem liberdade de escolha, tem liberdade de seguir seu próprio caminho? Onde existe a “vontade” do pastor, não existe a vontade do rebanho. Desista, pois na bíblia não existe menção nenhuma de livre arbítrio, salvo em Esdras (7:13) onde livre arbítrio está conotado como um desejo, uma vontade, não liberdade de escolha. Todo rebanho tem uma vontade. Nenhum rebanho pode fazer o que quer.
Eu acho lindo o Salmo 23, principalmente quando eu o leio assim:
“O Pai é meu amigo, nada me faltará. Deita-se comigo na grama, me ajuda a encontrar águas tranqüilas. Refrigera minha alma; me ajuda a ser justo, por amor a mim. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Ele está comigo; Sua mão e Teu abraço me consolam. Prepara uma mesa para mim, na presença dos meus irmãos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia do Pai me seguirão todos os dias da minha vida; e assim, estarei mais perto Dele.”
Um comentário:
Fê
o fenômeno do ‘rebanho’ está ligado a atual estrutura social e econômica, que tem uma História secular.(Que é comprida e chaaaataaaa, precisa contar?)
(Quase) todo mundo quer fazer parte do rebanho.
Depois, quer ser a ‘ovelha da vez’, o ‘manso’ premiado.
O rebanho é interessante, porque no caso de um predador, quem for fraco ou doente ou velho fica pra trás e vai parar na boca do lobo(=predador).
No rebanho, todos consomem o mesmo, varia o apetite.
(O que pode deixar uns obesos, outros com fome, quase todos mal nutridos e ainda pode exaurir o recurso).
No rebanho, todos são parecidos
(os menos parecidos são os fracos, doentes e velhos),
então se vier uma epidemia/praga, acaba com o que for parecido.
No rebanho, todos são parecidos, e os medrosos (e quem não é!) podem ficar disfarçados com peles de cordeiro. Assim pertencer ao rebanho serve de armadura contra o deboche, as críticas e o julgamento alheio.
Então, o rebanho é útil para alguns:
É ‘correto’ para uma árvore crescer vigorosamente, confiando na força de sua própria madeira e na proteção de sua áspera casca; mas as árvores jovens e frágeis precisam de suportes e de cercas.
A falta de idéia/coragem para a vivência individual pode ser um ranço do esforço do Catolicismo* para aniquilar o pensamento gnóstico, presente nos evangelhos ‘não autorizados’ (onde a Divindade não é uma força externa, é uma capacidade inata de todo ser humano), que se espalhou na Cristandade:
* a memória do extermínio dos cátaros que deu origem á inquisição;
* Irineu e Tertuliano, autoridades católicas que divulgaram palavras tais como "Todos fazem perguntas. Perguntas levam à heresia.” Ou “apenas a Igreja é quem pode possuir legitimamente a fé. A ela cabe a reta interpretação das Escrituras, à luz da Tradição. A doutrina conservada nas Igrejas apostólicas determina as verdades que devem ser cridas por todos os fiéis.”
Agora, me conta: por que é que o rebanho te incomoda?
É difícil aceitar que tem gente que precisa de apoio/muleta e aceitar/amar as gentes assim mesmo, e ainda assim, manter o olho vivo e o faro fino pra ver uma pessoa ou outra desabrochar?
Beijo
(não se abre uma rosa com os dedos),
MaFê
(uáu, só eu debato aqui? Risos.
Tá dominado?)
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